Separatismo na Organização Instituída por Deus


Artigo retirado da Revista Adventista de 1938 sobre os movimentos dissidentes daquele tempo, inclusive sobre o movimento de reforma e seus dissidentes, os Adventistas da Completa Reforma.

Sobre este tema propôs o autor historiar vários movimentos fanáticos que se levantaram no mundo em combate aberto contra a organização, isto é, a igreja de Deus na terra, havendo também alcançado o Brasil em nossos dias.

Fanatismo: Que quer dizer o termo fanatismo? Quer dizer excessivo zelo religioso, adesão cega a um sistema ou doutrina, paixão extraordinária. No livro "Obreiros Evangélicos" lê-se que fanatismo não significa sinceridade.

Nos tempos de Cristo, os fariseus, não comiam ovo de galinha posto no sábado, pois criam que assim fazendo quebrariam a lei; podiam lavar as mãos com água, mas, se usassem sabão, quebrariam a santificação do sábado; não podiam levar o lenço no bolso para a sinagoga; não faziam duas letras juntas; não davam três pontos com agulha; não encanavam um braço quebrado, e muitas outras coisas. Isto não passava de cego fanatismo.

Ao passo que faziam estas coisas, tinham o coração cheio de ódio, orgulho, vingança, amor próprio, e outros defeitos que corrompem o corpo e a alma. Logo, fanatismo não significa sinceridade.

No movimento do Êxodo houve quem se levantasse contra a organização de Deus, em franca rebeldia; Coré, Datan e Abiram juntamente com 250 maiorais. Três foram tragados pela terra e os demais, mortos pelo fogo do céu. Naturalmente esses 250 já tinham iniciado uma cognominada "completa reforma", como alguns tem feito em nossos dias, pois, procurando achar mil erros e deitar por terra o povo de Deus, enveredam pelo mesmo caminho de Satanás, o grande acusador , até do próprio Deus, e os defeitos que procuram encontrar no povo de Deus, acham-se arraigados no seu próprio coração, os quais são manifestos por meio de uma inigualável fúria de acusações.

No inicio do movimento da Reforma, no século XVI, surgiu imediatamente um movimento fanático. Thomaz Munzer, seu chefe, apareceu na arena pretendendo ser o verdadeiro campeão da Reforma, e incitando seus adeptos a darem combate ás doutrinas e á luz que Deus concedera a Lutero, Melancton e outros.

Tal como acontece em nossos dias, abraçaram as doutrinas luteranas, mas logo pensaram em assumir a chefia de outro movimento, independente da igreja unida.

Em seu zelo fanático, Munzer ensinava a doutrina da predestinação, dizendo que quem nasceu para ser salvo, poderia cometer até os pecados mais torpes, salvar-se-ia, custasse o que custasse. Ensinava também o batismo por imersão. Seus adeptos são hoje chamados anabatistas.

Um desses chefes dizia ter recebido instrução do anjo Gabriel. Certo dia, os que chefiavam o movimento, foram ter com Melancton e disseram-lhe: "Somos enviados por Deus para instruir o povo. Somos apóstolos e profetas e apelamos para o Dr. Lutero."

Tendo notícias em Wartburg do que se passava, Lutero disse, com profunda inquietação: "Sempre esperei que Satanás nos havia de mandar essa praga." A oposição do papa e do imperador não lhe havia causado tanta tristeza e embaraço como experimentava então. Muitos dos que eram seus amigos, tornaram-se os seus piores inimigos.

Disse mais Lutero: "Que o Deus de toda misericórdia me livre de uma igreja que só se compõe de santos. Desejo coabitar com os humildes, os fracos, os doentes, que reconhecem e sentem os seus pecados."

Munzer, o chefe dos fanáticos, incitou os camponeses a não obedecer á autoridade, nem pagar impostos; chegando mesmo a dizer que obedecer aos príncipes era servir ao mesmo tempo a Deus e a Belial. Além disso apedrejavam as igrejas, etc.

Lutero viu nisto um perigo para a Reforma vendo-se obrigado a recorrer ás autoridades para salvar a mesma, declarando que não era responsável por aquele movimento nem pelo que se passava. Assim o governo agiu com forças armadas contra os fanáticos. Queixaram-se de serem perseguidos por causa do evangelho, quando foi o fanatismo que lhes causou a perseguição.

Após iniciado o último movimento, em 1844, diz a serva de Deus: "Tivemos de enfrentar fanatismo por todos os lados". "Uma grande onda de excitação é um dano para á obra." — Obreiros Evangélicos, pag. 313. Diz mais: "Aqueles foram tempos agitados. Se não tivéssemos então permanecido firmes, teríamos naufragado em nossa fé". — Vida e Ensinos, pag. 82.

E ainda: "Foi-me mostrado nos anos subsequentes que as falsas teorias insinuadas no passado, de maneira alguma surgiram em vão. Havendo oportunidades favoráveis, elas reaparecerão. Não nos esqueçamos de que tudo que poderá ser abalado, será abalado". — Vida e Ensinos, pag. 83.

Existe hoje em todas as partes do mundo falsas teorias oriundas de fanatismo. Aqui mesmo no Brasil, como mais adiante farei menção, temos vários destes movimentos, cada qual dizendo que tem a única verdade. Assim é que, após o ano 1844, surgiu uma sequência de movimentos. O diabo não dorme. Citarei alguns destes.

O Movimento das Vozes Estranhas:
Diz a irmã White : "Quando voltei a Portland, havia evidências dos efeitos desoladores do fanatismo. Alguns pareciam crer que a religião consistia em grande excitação e rumor. Queriam falar de modo que irritava aos incrédulos, e influía para se levantar ódio contra eles mesmos e as doutrinas que ensinavam. Então regozijavam-se de que sofressem perseguição. Os incrédulos não podiam ver nenhuma coerência em tal maneira de proceder. Os irmãos em alguns lugares foram impedidos de se reunir para cultos. Os inocentes sofriam com os culpados... Estremecíamos ao pensar nas igrejas que deveriam ser submetidas a este espírito de fanatismo. Meu coração condoia-se pelo povo de Deus. " —Vida e Ensinos, pag. 75.

O Movimento da Humildade:
"Alguns havia que professavam grande humildade, e advogavam o arrastar-se no chão, como crianças, como sendo uma evidência de sua humildade. Pretendiam que as palavras de Jesus em Mateus. 18:1-6 deveriam ter cumprimento literal neste período, em que estavam esperando voltar o seu Salvador. Queriam arrastar-se em redor de suas casas, nas ruas, nas pontes, e na própria igreja. Disse-lhes claramente que isto não era exigido; que a humildade que Deus esperava de Seu povo devia revelar-se por uma vida semelhante á de Cristo, e não pelo arrastar-se no chão. Todas as coisas espirituais devem ser tratadas com santa dignidade. A humildade e mansidão estão de acordo com a vida de Cristo, mas devem mostrar-se de um modo digno." — Vida e Ensinos, pags. 75, 76.

A Doutrina do "Nenhum Trabalho":
"Havia alguns em Paris, no Maine, que criam ser pecado trabalhar. O Senhor entregou-me uma reprovação ao dirigente deste erro, declarando que ele estava procedendo contrariamente á palavra de Deus, abstendo-se do trabalho, impondo seus erros aos outros. Ele rejeitou toda a evidência que o Senhor deu para convencê-lo de seu erro. Empreendeu cansativas viagens, caminhando grandes distancias para lugares onde apenas receberia desacato, e pensava que assim fazendo estava sofrendo por causa de Cristo. Seguiam-se as impressões, e a razão e o juízo eram postos de lado."

"Vi que Deus trabalharia pela salvação do Seu povo; que este homem desencaminhado logo se manifestaria de modo que todos os honestos de coração veriam que ele não estava sendo influenciado pelo bom espírito, e que sua carreira breve terminaria. Logo depois quebrou-se o ardil e pouca influência tinha ele sobre seus irmãos."

"Denunciou as visões como sendo do diabo, e continuou a seguir suas impressões, até que sua mente se transtornou e seus amigos foram obrigados a prendê-lo. Finalmente fez uma corda com algumas de suas roupas de cama, com a qual se enforcou, e seus seguidores foram levados a se compenetrar da falácia de seus ensinos". — Vida e Ensinos, págs. 76, 77.

Sim, prezado leitor, o diabo está irado, sabendo que resta pouco tempo para suas atividades. Fez surgir no passado estes movimentos de doutrinas errôneas, e quanto, então, não irá fazer agora, que estamos mais perto do fim do que pensamos?

Em suas astúcias, o grande inimigo das almas ataca de mil maneiras, fazendo surgir alguém que denuncie os testemunhos; e outros, arvorando-se em campeões defensores dos mesmos, fazendo muitas citações e dando interpretação toda a seu gosto, preferindo atacar e conquistar os irmãos ignorantes, simples, analfabetos ou faltando pouco para isto, e que não possuem inteira confiança nos ensinos que receberam do seu pastor, quando aceitaram a fé, pois se a tivessem, jamais dariam ouvidos a uma doutrina que vem causando separação. No livro Testemunhos para Ministros e Obreiros Evangélicos, lê-se:

"Pretender que a igreja adventista do sétimo dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite perante Deus. Por esse mau emprego dos Testemunhos, almas são levadas á perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro." Págs. 42, 43.

Sim, vigiai, orai, estudai e sede sempre atentos aos ardis de Satanás, pois ainda que apareçam indivíduos com a barba crescida, ensinando o osculo santo e recitando, de cór os Testemunhos, não vos iludais. Vigiai!

Diz a irmã White: "Logo voltamos á Vermont, e realizamos uma notável reunião em Johnson. De passagem paramos vários dias em casa do irmão E. P. Butler. Achamos que ele e outros de nossos irmãos ao norte de Vermont tinham sido excessivamente perturbados e provados pelos falsos ensinos e desenfreado fanatismo de um grupo de pessoas que estavam pretendendo completa santificação, e, sob a aparência de grande santidade, estavam seguindo um método de vida que redundava em opróbrio ao nome cristão.

"Os dois homens que eram os chefes do fanatismo, assemelhavam-se muito em sua vida e caráter aqueles que quatro anos antes encontráramos em Claremont, New Hampshire. Eles ensinavam a doutrina da extrema santificação, pretendendo que não podiam pecar, e estavam prontos para a trasladação. Praticavam o magnetismo, e pretendiam receber iluminação divina quando se achavam numa espécie de êxtase.

Não se ocupavam com o trabalho regular, mas em companhia de duas mulheres, que não eram suas esposas, viajavam de um lugar para outro, exigindo a hospitalidade do povo. Mediante sua influência sutil e mesmerica conseguiram grande simpatia entre alguns dos filhos moços de nossos irmãos...

Com certa relutância o irmão Butler anuiu em assistir á reunião em casa do irmão Lovejoy, em Johnson. Os dois homens que eram os dirigentes do fanatismo, e que grandemente haviam enganado e oprimido os filhos de Deus, vieram á reunião acompanhados das duas mulheres vestidas de branco linho, com seus longos cabelos negros soltos em redor de seus ombros. Os vestidos de branco linho deviam simbolizar a justiça dos santos.

Eu tinha uma mensagem de reprovação para eles, e enquanto eu falava, o principal daqueles dois homens conservava seus olhos fixos em mim, como já haviam feito os magnetizadores. Não tinha, porém, medo de sua influência magnética. Do céu me era dada força para pôr-me acima de seu poder satânico. Os filhos de Deus que tinham estado presos em cativeiro, começaram a respirar livremente e regozijar-se no Senhor.

Enquanto nossa reunião prosseguia, aqueles fanáticos procuraram levantar-se e falar, mas não puderam obter oportunidade. Explicou-se que sua presença não era necessária, mas preferiram ficar. Então o irmão Samuel Rhodes agarrou o espaldar da cadeira em que uma das mulheres estava sentada e arrastou-a fora da sala, levando-a através do portal até ao quintal. Voltando a sala, arrastou da mesma maneira a outra mulher. Os dois homens deixaram a sala, mas procuraram voltar...

A presença do Senhor, que foi tão desagradável aos pecadores fanáticos, impressionou com terrível solenidade o grupo. Depois, porém, que se foram os filhos das trevas, uma doce paz do Senhor repousou sobre o nosso grupo". — Vida e Ensinos, págs. 138-141.

Também o Dr. Kellog médico do sanatório de Battle Creek iniciou um movimento de separação, conseguindo arrebatar 1.000 membros da igreja, dizendo que a igreja organizada desapareceria em breve tempo e que seu movimento iria avante. Apesar da grande influência do Dr. Kellog, seu movimento desapareceu em pouco tempo.

No ano 1913 levantou-se em Curitiba um movimento chefiado por Jorge Wischral, que formou uma comissão, dando-lhe o nome de "Evangélicos Adventistas do Sétimo dia", com sede em Curitiba. Não criam no Espírito de profecia, isto é, nos testemunhos da irmã White, e ensinavam que de tudo se poderia comer e até tomar bebidas alcoólicas. Também ensinavam ser a irmã White a besta apocalíptica. Conseguiram arrebatar mais ou menos 200 membros de nosso povo em Curitiba, Itararé, Porto União e outros lugares. Chegaram ao ponto de apossar-se de um de nossos templos e, depois dessa ultima conquista, seus adeptos foram desertando aos poucos, e mais tarde esse movimento ficou reduzido a nada.

Visto cada um saber que o movimento que rejeita os Testemunhos não é de Deus, arranjou o diabo outro meio. Incutiu na mente de muitos a serem fortes defensores dos Testemunhos, entrincheirando-se atrás dos mesmos e dando-lhes interpretação errônea, atacando de preferência irmãos de pouco conhecimento acerca dos escritos da irmã White.

"Por esse mau emprego dos Testemunhos almas são levadas á perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro; pois Deus deseja que os Testemunhos estejam sempre emoldurados na verdade." — Testimonies to Ministers and Gospel Workers, págs. 42, 43.

Está visto que através de toda a história, nunca faltaram homens que tão contrariamente aos propósitos de Deus levantassem movimentos de separação em Sua igreja.

"Deus tem uma igreja sobre a terra, a qual é Seu povo escolhido, que guarda Seus mandamentos. Ele está dirigindo, não ramificações transviadas, não um aqui e outro ali, mas um povo". — Idem., pag. 61.

Depois do ano 1914 alguns indivíduos na Alemanha se intitularam reformistas, dizendo que daquele tempo em diante a igreja tinha apostatado. Consta que uns 1.000 membros, retirando-se da comunhão da igreja, em pouco tempo se dividiram em várias ramificações e cada qual dizia que era a portador a da verdade, tão contrariamente ao que diz Paulo: " Um só Senhor, uma só fé, um só batismo".

O chefe deu um destes movimentos tinham sete mulheres, segundo nos contou no Rio o pastor Christian, além de outros erros gravíssimos que os condenavam.

Assim, não serem de Deus os frutos por eles produzidos provarão, mais cedo ou mais tarde, o erro em que se acham. É mister que cada irmão adventista esteja sempre prevenido para rejeitar qualquer movimento que venha causar separação na organização instituída por Deus em 1844.

Quando, em 1928, trabalhava em Olaria, Rio, P. F., que era obreiro adventista, perdeu a fé e confiança neste movimento, e depois de ter formado sua doutrina herética, iniciou uma serie de acusações contra seus ex-co-obreiros e contra a organização em geral.

Em sua heresia ensinava que não era mais preciso guardar o sábado; que Deus não fazia caso de dia, e outras coisas absurdas.

Devido a sua influência conseguiu arrebatar a igreja toda. Foi enviado para ali o irmão José dos Passos, que, depois de vários choques com o inimigo da verdade, fez regressar toda a igreja á unidade em que estivera, com exceção de apenas alguns, que se uniram aos congregacionalistas.

Ainda mais, F. F. predissera que em pouco tempo todas as igrejas do Rio estariam com ele. Resultado: Hoje não há ninguém mais com ele, havendo ele mesmo abandonado toda a verdade.

E m 1927, chegou a Curitiba, vindo da Europa, A. L., que se dizia reformista de um dos vários movimentos separatistas lá existentes. Intitulou-se chefe para a América do Sul. Seguiu para Erechim, Rio Grande do Sul, ali iniciando a publicação de uma revista intitulada "Atalaia da Verdade". Tem perambulado por vários Estados sulinos, conseguindo atrair para si alguns descontentes de toda e qualquer igreja, não indo o seu movimento avante, por não ser de Deus, e mais cedo ou mais tarde desaparecerá.

"Sede sóbrios, vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar". I S. Ped. 5: 8. Ataca-vos de mil maneiras.

Usa a todos quantos se alistam em suas fileiras, como instrumentos para entristecer, envergonhar e destruir os que persistem em observar os mandamentos de Deus.

Às vezes vem como inimigo declarado, combatendo abertamente os preceitos que constituem a base do governo de Deus. Outras ocasiões vem revestido de instrumentalidade mais tolerante, que admite grande parte das verdades bíblicas.

Somente algumas coisas tais como dízimos e ofertas, estudo diário das lições, quadros comparativos, relatórios missionários e outras organizações da igrejas de Deus, são para ele inutilidade e meras invenções humanas.

Faz alguns anos, dois ex-obreiros descontentes, em Pernambuco, por certos motivos de interesse pessoal haviam-se separado da fileira dos obreiros. Lançaram toda sorte de acusações a seus ex-colegas do ministério e especialmente aos dirigentes da obra.

Sua tese predileta era a mornidão dos adventistas e exortavam os irmãos a buscar maior santidade. Diziam que era preciso haver reforma e despertamento espiritual na igreja de Deus. Nós concordamos que assim é e que nós como um povo precisamos de mais santidade, mas não por meio de disputas ou desagregação.

Notemos como Satanás vem vestido de anjo de luz. Um desses ex-obreiros escreveu um tratado intitulado "Recebestes vós o Espírito Santo Quando Crestes"? Diziam que os adventistas não recebiam o Espírito Santo por causa de sua mornidão. Muitos, ao ouvirem o novo pregador, resolveram concordar com ele e procurar a Deus, de maneira especial. Mas para consegui-lo era preciso apontar os defeitos e faltas reais ou imaginarias existentes na igreja adventista.

Corriam de lugar em lugar entre as igrejas e grupos, pregando "maior santidade" e acusando seus ex-irmãos de comodistas, falsos pastores, lobos devoradores, americanizantes, apóstatas, etc. O tal obreiro no delírio de sua "santidade" já começava a ter visões. Seus adeptos com ele deliravam de orgulho, por terem finalmente encontrado a "perfeita santidade". Foi por esse tempo que deu a lume outro folheto intitulado "Doze Pontos Contra a Igreja Adventista", conseguindo formar um grupo de ex-adventistas, hoje nossos acusadores. Quando mais se falava na santidade do novo pregador, foi, pela própria esposa, descoberto, nesse "apostolo da maior santidade" um dos pecados mais torpes que alguém possa cometer, que evito mencionar, mas de que o povo do norte é testemunha.

O autor destas linhas sente-se pesaroso de fazer menção de cada fato, mas como pôde historiar as coisas sem tudo narrar? Não é que queira colocar-se no lugar de acusador de quem quer que seja.

Como era de esperar-se, seus sequazes pararam, decepcionados. Descobriram tarde demais que haviam sido enganados pelo inimigo das almas. Envergonhados, olharam para traz, para a igreja da qual haviam sido arrancados com pretexto de "maior santidade". Não se sentiram com coragem de a ela voltar, pois haviam-na demasiadamente caluniado, e o resultado foi que o movimento se desbaratou e muitos se atiraram ao mundo perdido. Outros voltaram ás igrejas protestantes de onde haviam saído há dez e vinte anos. Advogam hoje a ideia da salvação só pela fé, sem precisarem mais obras.

Vejamos as artimanhas de Satanás. A principio diziam que precisavam de completa "santidade," era-lhes preciso guardar tudo o que Deus exigia; depois não precisavam mais de obras, Satanás estava satisfeito!

Prezado irmão, alerta contra tantos falsos ensinadores que surgiram e estão surgindo no mundo. O diabo tem grande ira, sabendo que lhe resta pouco tempo.

Por meio de tais agentes na igreja, Satanás atacará de preferência os que negligenciam o serio conhecimento da uniformidade da sã doutrina.

"Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema." Gal.1: 8.

Fracassado o movimento de Oséias, apostolo da "Maior Santidade", e achando-se em aperto o seu colega de trabalho, João Augusto, resolveu fundar seu movimento, com a pretensão de ser a igreja com o batismo do Espírito Santo.

Dizem falar línguas, mas estando presente alguém da nacionalidade da pretensa língua falada, não a entende. Oram por um doente e ele continua mal; oram para um lugar qualquer mover-se e o mesmo não se move.

JOSÉ GOMES DE MENEZES
Em 1928 esteve o signatário presente a um curso de colportagem no Rio de Janeiro, e vendo ali José de Menezes — que era então colportor da organização adventista — ostentando crescida barba, perguntou-lhe porque não se barbeava. A resposta foi que, se Deus fez a barba, foi para crescer. O irmão Silveira foi então advertido de que se Menezes se encontrasse com Lavrick ou com qualquer de seus adeptos, haveria perigo de ele aderir aos seus pontos de doutrina.

Havendo José de Menezes conseguido ganhar seu estipêndio escolar, seguiu para o Colégio Adventista, em Santo Amaro. Indo certa vez á cidade de São Paulo, ali se encontrou com os propagadores dessa ideia separatista e a eles efetivamente aderiu.

Passou então a ensinar sua nova doutrina aos colegas do Colégio e, como o ex-profeta Oséas, já começava a ter visões.

Certo dia o irmão Max Fuhrmann, seu companheiro de quarto, entrando de supetão, encontrou-o ajoelhado e fora de si, agitando as mãos para o céu. Impressionado com aquela cena, perguntou-lhe o irmão Fuhrmann o que era aquilo. Menezes levantou-se tão irado que parecia querer espancar o colega, ficando desde logo esclarecida a fonte de que provinha essa visão. "Pelos frutos os conhecereis".

Continuando os estudos, foi Menezes exortado a não falar o que era contrário a sã doutrina, mas como continuasse a ensinar os seus erros, foi expulso do Colégio.

Em companhia de Lavrick rumou então para o Espírito Santo, de onde fora para o Colégio, com o fito de ali ganhar todos os adventistas.

Depois da chegada ao Espírito Santo, José de Menezes brigou com Lavrick, e tendo sede de ser o chefe de uma imaginaria Conferência Geral, fundou outro movimento com o pomposo título de "Igreja Adventista da Completa Reforma", com noventa artigos de fé, e apregoava que a doutrina de Lavrick era do diabo.

Predisse então que a porta da graça se fecharia em setembro de 1930. Na igreja adventista de Conceição do Capim todos aceitaram a nova crença e foram rebatizados.

Conseguiu também fazer com que todos os seus aderentes vendessem suas propriedades e lhe entregassem o seu valor. Para sua rendosa recolta de meses e anos, inventou o tal abrigo Sta. Helena, em Friburgo, a muito fechado pela polícia, mas que sempre continua a aparecer em seus folhetos de propaganda. Cada recoltista seu recebe metade da importância arrecadada.

Por esse tempo formou uma espécie de êxodo egípcio, levando até Friburgo uns cem adeptos seus. Ali, havendo-se-lhe, depois de dois meses, acabado os recursos, dividiu o povo para darem início a recolta. Organizou caravanas, separando maridos, esposas e filhos. Em seu extremismo, proibiu seus seguidores de tomar alimentos quentes.

Seguiram a pé pelas estradas, pedindo níqueis pelas portas, barbudos, poeirentos, passando a biscoito seco e água.

Avançaram então sobre o Rio de Janeiro, a ver se ganhavam ali todos os adventistas, depois o Brasil inteiro, a America do Sul e por último o mundo todo, ficando o Rio de Janeiro como sede da imaginaria "Conferencia Geral dos Adventistas da Completa Reforma".

Como ninguém no Rio deu ouvidos a semelhantes falsos ensinadores, entenderam os seus seguidores que Deus não estava com o movimento, e, desiludidos, voltaram para a roça, de onde tinham saído.

É de lamentar que tenha havido gente simples e sincera que se deixasse levar pelo engano, entregando até a vida ao mais atroz sacrifício de cego fanatismo.

Leiam-se na Revista Adventista de novembro de 1937, págs. 10 e 11, as declarações de Balardino Tavares e Manoel J. Pereira, respectivamente ex-secretário e ex-tesoureiro da chamada Conferencia Geral, nas quais os signatários chamam o Sr. José de Menezes de "terrível espírito desequilibrado" e "espírito enganador".

Muito a contra gosto, mas como tem de historiar os fatos, notifica o signatário que correu também entre os adeptos de José de Menezes a noticia de ter o mesmo desgraçado uma jovem irmã, sua recoltista. E há disso provas, não somente da parte de adeptos do movimento, como também de pessoa da família da iludida, que confirma haver José de Menezes quebrado o sétimo mandamento. Isso deu motivo a que muitos o deixassem e voltassem para nós. Assim foi que o movimento perdeu todos os seus membros no Espírito Santo, Rio e Minas.

Na Bahia, José de Menezes ensinou a muitas senhoras o infanticídio pré-natal, sendo, por isso, chamado á policia e metido no xadrez, havendo desse fato dezenas de testemunhas.

Para se tornarem conhecidas as proezas de José de Menezes, basta consultarem-se as seguintes delegacias: Primeira delegacia da Bahia (capital), delegacias de Itapagipe, Ilhéus, Aracaju, Friburgo, Campos, Belo Horizonte, Rio, etc.

Eis os frutos da "Completa Reforma"!

Pelas sete igrejas mencionadas em Apocalipse 2 e 3, vê-se que a sétima — Laodicéia — está profeticamente situada no tempo do juízo, e que não haverá oitava igreja.

Cabalmente demonstrei, em artigos anteriores, que, segundo afirmam os que se tem separado do último movimento iniciado em 1844, pretendem haver fundado a verdadeira igreja, mas não compreendem que, para isso, aparecem tarde demais.

Ao chegar o ano 1844 o grande relógio do tempo bateu a hora certa, a fim de que o povo de Deus visse que não haveria mais prazo, isto é, segundo Apocalipse 10: 6, não haveria mais tempo profético a cumprir-se, nem surgiria uma oitava igreja.

Nestes noventa e quatro anos decorridos desde 1844, e quanto mais se aproxima o fim, há na igreja muitas imperfeições a serem removidas, e com isso concordamos todos. A serva do Senhor fala de uma "reforma" necessária entre o povo de Deus; não sendo isso, porém, um desmembramento, mas uma melhora, tanto física como espiritual, em sua maneira de viver.

A igreja terá de passar pela sacudidura. Lemos em Vida e Ensinos: "Alguns, ao serem sacudidos tinham sido arrojados para fora e deixados pelo caminho. Os descuidados e indiferentes, que não se uniam com aqueles que prezavam a vitória e a salvação suficientemente para lutar e angustiar-se com perseverança pelas mesmas, não as obtiveram e foram deixados atrás, em trevas, e seus lugares foram imediatamente preenchidos pelos que tomavam posse da verdade e entravam nas fileiras" . —Págs. 178, 179.

O impuro será arremessado fora, mas o puro ficará. A igreja de Deus — Laodicéia — permanecerá até ao fim. Reza Apocalipse 12: 17: "E o dragão irou-se contra a mulher, e foi fazer guerra ao resto da sua semente". Isto, depois de arremessar fora a parte imprestável da igreja, ficando um remanescente da mesma Laodicéia.

Os apóstolos do erro dizem que sua santidade está em terem-se separado da igreja, ao passo que a Bíblia e os testemunhos asseveram serem eles a escoria, tirada para a purificação da igreja.

Sobre isso lemos em I S. João 2: 19: "Saíram de nós, mas não eram de nós; porque se fossem de nós, ficariam conosco". Satanás também forjou uma separação no céu, garantindo aos seus adeptos que os levaria a condição melhor.

É a seguinte a tática de trabalho desses separatistas: Nas localidades de sede dos campos, onde temos igrejas bem organizadas e instruídas, apenas conseguem atrair para si algum elemento crítico, fanático ou murmurador, que já está virtualmente fora da igreja, vivendo em guerra contra ela. Estes são procurados pelos tais, indagando eles ainda se há mais algum queixoso, e assim, dentro em breve, são rebatizados e selados para a perdição eterna.

No interior, onde há lugares em que nosso povo não é bem instruído nas doutrinas, tem eles conseguido atrair não somente os descontentes, que já não mais pertencem a igreja, mas até irmãos sinceros. Felizmente, porém, decorrido algum tempo, até verem os frutos do movimento a que aderiram, estes sempre tem voltado.

Qual é o motivo de esses irmãos serem enganados? Não obedecem ao que diz a Escritura: "Rogo-vos, irmãos, que noteis os que promovem dissensões e escândalos contra a doutrina que aprendestes; desviai-vos deles". Rom. 16: 17. "Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o, sabendo que esse tal está pervertido, e peca estando já em si mesmo condenado". "Se alguém vem ter convosco, e não trás esta doutrina, não o recebais em casa, nem tão pouco o saudeis, porque quem o saúda tem parte nas suas más obras". II S. João 10.

Leitores, alerta, pois! De quando em quando entram em nossas igrejas rostos esquisitos, de barba e cabelos crescidos, distribuindo seus folhetos e procurando fazerem-se amigos dos crentes. "Tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo". II Cor.11:13.

Os adeptos de certas heresias surgidas ultimamente, conforme demonstrei em artigos anteriores, tem conseguido atrair para os seus erros doutrinários não somente alguns elementos que viviam em desavença na igreja, e já dela excluídos, mas também sinceros irmãos do interior, com pouco conhecimento da doutrina, os quais, porém, tem voltado á unidade do povo de Deus.

Diz a serva de Deus: "É chegado o tempo para se realizar uma reforma completa". — Test. Sel., Vol. 5, pag. 139.

Não compreendendo o sentido real da passagem citada, dão-lhe os apóstolos do erro a interpretação de que seja uma separação. Que quer, porém, dizer o termo "reforma"? Quer dizer isto: "Mudança operada com o intuito de melhoramento; modificação de uma organização existente, sem lhe alterar a essência". Dai se compreender que reforma não quer dizer separação ou saída, mas transformação radical na vida do crente.

Vejamos o que dizem os seguintes textos, do livro Obreiros Evangélicos:

"Conservai na frente a obra da reforma da higiene — é a mensagem que sou instruída a apresentar... Aquele que é perfeitamente convertido abandonará todo habito e apetite prejudiciais". — Pag. 344.

"O povo precisa receber a luz sobre a reforma da higiene. Essa obra tem sido negligenciada". — Pag. 228.

"O evangelho precisa estar ligado aos princípios da verdadeira reforma da higiene. O cristianismo tem de ser introduzido na vida pratica. Uma obra reformatória fervorosa, completa, precisa ser feita". — Pag. 229.

"Mantende os princípios da reforma de higiene, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão, e acreditarão". — Pag. 230.

"O Senhor me tem revelado que muitos, muitos serão salvos de degenerescência física, mental e moral por meio da influência prática da reforma da higiene. Farse-ão conferências sobre a saúde; multiplicar-se-ão as publicações. Os princípios da reforma da higiene serão recebidos com agrado, e muitos... se adiantarão passo a passo para receber as verdades especiais para este tempo". — Pag. 239.

"Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma da higiene... A obra da reforma da higiene é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja". — Pag. 343.

Estes textos convidam a reforma da higiene na igreja, mas, ficando nela o povo, e não saindo. Os excertos a seguir, do livro Test. Sel., Vol. 5, tratam da reforma espiritual.

"A menos que a igreja que se acha agora a levedar-se com sua apostasia, se arrependa e se converta, ela comerá do fruto de seus próprios atos, até que se aborreça de si mesma. Quando ela resistir ao mal e escolher o bem,... então será curada". — Pag. 138.

"Quando esta reforma começar, o espírito de oração atuará em cada crente e banirá da igreja o espírito de discórdia e luta". — Pág. 139.

"Em nome do Senhor rogo a toda família que mostre suas verdadeiras cores. Reformai a igreja em vosso próprio lar". — Pág. 53.

"Por toda parte vemos os que receberam muita luz e conhecimento, escolhendo deliberadamente o mal em lugar do bem. Não fazendo nenhuma tentativa de se reformar, vão-se tornando cada vez piores. Mas o povo de Deus não deve andar em trevas. Devem andar na luz, pois são reformadores". —Pag. 48.

Passagem alguma faz qualquer referência a separação, quando fala em reforma, mas apela para a melhora do povo na maneira de viver.

Com o joeiramento e sacudidura da igreja, todo elemento mau será arremessado fora, mas os que houverem sido reformados para uma correta vida espiritual, ficarão na igreja, formando assim o remanescente. Apoc. 12: 17.

Em nossos dias, há na igreja pessoas que já se reformaram ou se estão reformando e evitando tudo quanto seja prejudicial tanto no comer como no beber, bem como em tudo quanto se relaciona com a vida espiritual.

Como já demonstrei em artigos anteriores, muitos são os movimentos suscitados na igreja, não só em outros países, como também aqui no Brasil, cada qual dizendo-se o verdadeiro.

Cada um deles age de maneira diversa. Uns não creem no Espírito de profecia, enquanto outros se apresentam como fortes defensores do mesmo usando os Testemunhos, mas dando-lhes falsa interpretação, afim de iludir os que ignoram a verdade exposta pelos escritos da irmã White.

A fim de mostrar como ela reprova fortemente todos esses falsos ensinadores, citarei os seguintes excertos do livro Testimonies to Ministers and Gospel Workers, entre páginas

41 e 62, que poderão ser também lidos no folheto A Igreja Remanescente Não é Babilônia. Ei-los:

"Quando se levanta alguém, de nosso meio ou fora de nós, tendo a preocupação de proclamar uma mensagem que declare que o povo de Deus pertence ao número dos de Babilônia, e que pretenda que o alto clamor é um chamado para sair dela, podereis saber que esse tal não é portador da mensagem de verdade. Não o recebais, não lhe desejeis bom êxito; pois Deus não falou por ele, nem lhe confiou uma mensagem, mas ele correu antes de ser enviado."

"Enganarão o povo, e porão de mistura com o erro os Testemunhos da irmã White, servindo-se de seu nome para dar influência à sua obra. Escolhem dos Testemunhos certos trechos que acham que podem ser torcidos de modo a apoiar sua atitude e põem-nos numa moldura de falsidade, para que seu erro tenha peso e seja aceito pelo povo. Dão falsa interpretação e aplicam mal o que Deus deu à igreja para advertir, aconselhar, reprovar, confortar e animar os que constituirão o povo remanescente de Deus."

"Os que advogam o erro, dirão: 'O Senhor diz', 'quando o Senhor não falou'. Testificam em favor da falsidade, e não da verdade. Si os que têm proclamado a mensagem de ser a igreja Babilônia, tivessem empregado o dinheiro gasto na publicação e circulação desse erro, em edificar em vez de demolir, teriam tornado evidente serem eles o povo que Deus está guiando."

"O dinheiro que deveria ser empregado em fazer a boa obra de construir casas de adoração, estabelecer escolas com o fim de educar obreiros para o campo missionário... esse dinheiro é desviado de seu curso de utilidade e bênção, para um curso de dano e maldição."

"Os que se põem a proclamar uma mensagem sob sua responsabilidade pessoal, e que, ao mesmo tempo que declaram ser ensinados e guiados por Deus, constituem sua obra especial derribar aquilo que Deus durante anos tem estado a erguer, não estão cumprindo a vontade de Deus. Saiba-se que esses homens se encontram do lado do grande enganador. Não os creiais. Estão-se aliando com os inimigos de Deus e da verdade."

"Sempre, desde o princípio da obra, têm surgido um após outro par a efetuar essa espécie de trabalho, e eu tenho tido de dar-me ao incômodo, e incorrer nas despesas de contradizer essas falsidades. Eles têm publicado suas teorias, iludido muitas almas, mas que Deus guarde as ovelhas de Seu rebanho!"

"Esses mestres seguem as faíscas por eles mesmos acesas, agem segundo seu próprio e independente juízo, e embaraçam a verdade com falsas noções e teorias. Recusam o conselho de seus irmãos, e prosseguem em seu próprio caminho, até se tornarem justamente o que Satanás desejaria — espíritos desequilibrados."

"Não devemos buscar nenhuma mensagem nova, estranha. Não devemos pensar que os escolhidos de Deus, que se empenham por andar na luz, constituam Babilônia. As igrejas denominacionais caídas é que são Babilônia. Babilônia tem estado alimentando doutrinas venenosas, o vinho do erro. Esse vinho do erro é composto de falsas doutrinas, tais como a imortalidade natural da alma, o tormento eterno dos ímpios, a negação da preexistência de Cristo, isto é, de Sua vida anterior ao seu nascimento em Belém, e a defesa e exaltação do primeiro dia da semana acima do santo dia de Deus."

Assim, mediante estas evidências, não há razão alguma para que alguém seja enganado, pois só serão iludidos os que negligenciarem o conhecimento dos escritos sagrados.

Diz Oséias: "O Meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento". Oséias. 4:6.

Perguntará alguém: — Como se explica então Atos 17: 30, onde Deus diz que Ele "não tem em conta os tempos da ignorância"?

Explica-se da seguinte maneira: No passado, quando nenhuma luz possuíamos sobre verdades divinas, Deus não nos considerava responsáveis, quando fazíamos o que Lhe desagradava. Hoje, porém, havendo o crente recebido tanta luz, deve estudar cada dia, a fim de manter-se em estado de crescente conhecimento. A quem voluntariamente negligenciar o estudo, irá faltar o conhecimento, e dos tais é que Oséias prediz a destruição.

Alguns que têm dificuldade em ler e não gostam de meditar, devem vencer esse mal, pois Deus pedirá contas dos que vivem na luz. S. Paulo diz: "Persiste em ler", e também: "Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade".

Certos irmãos, há pouco, foram levados à dúvida, pelo engano da doutrina da barba. Foram precisos dias para convencê-los do erro para que se enveredavam. Ora, como se poderá compreender que os que possuem a luz e estão incumbidos de tirar o mundo das trevas para a maravilhosa luz divina, sejam por elas envolvidos? Isto prova falta de estudo e de conhecimento da sã doutrina. Logo, quem não puder discernir qualquer erro que surge hoje em dia, como poderá resistir diante do mais requintado e astuto engano que já foi dado a mortais contemplarem, no último e grande conflito entre a luz e as trevas?! Lemos em Conflito dos Séculos, pág. 631:

"Em diferentes partes da terra ele (Satanás) se manifestará entre os homens como um ente majestoso e resplandecente, imitando a descrição do Filho de Deus, feita pelo apóstolo S. João. A glória que o rodeia excede tudo quanto tem contemplado algum olho mortal. O grito de triunfo vibra pelos ares: 'Cristo veio! Cristo veio!' O povo se prostra em adoração diante dele... No seu fingido caráter de Cristo, ele declara haver mudado o sábado para o domingo... É esta uma forte e subjugadora obra de engano... Mas o povo de Deus não será iludido. Os ensinos deste falso cristo não estão de acordo com as Escrituras".


Autor: Saturnino M. de Oliveira

Fonte: Revista Adventista de fevereiro/março/abril/junho/julho/agosto/setembro/outubro de 1938

6 comentários:

  1. José Gomes de Menezes
    Olá,gostaria de saber se a equipe deste blog pode dá-me mais informações à respeito de meu bisavô acima citado.Informações estas que não seja as acima discorridas nas matéria.Pois o movimento que ele liderou até hoje permanece,e eu quero conhecer mais da vida dele.
    Att Jaime Leite de Menezes

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  2. Muito bem..queria ver onde ta essa passagem na biblia q Deus mandou o homen tirar a barba!!! Mostrem pra mim q estou curioso..;;;

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  3. A igreja adventista da COMPLETA REFORMA segue e seguirá firme e forte aguardando a vinda do senhor e guardando fervorosamente o que as sagradas escrituras nos orienta guardar. O Pastor José G. de Menezes, meu querido avô, dedicou sua vida a essa preciosa obra. Ele é respeitado e admirado por toda a igreja. Agora ele está dormindo no senhor, descansando dos seus trabalhos, mas suas obras seguém.

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