Os Chamados Reformistas

Essa matéria é sobre a Carta circular de Wilhelm Richter para os Adventistas do Sétimo Dia Movimento de Reforma em 1931 e é um documento importantíssimo para entendermos a história desse movimento. E foi publicada na Revista Adventista de 1951.

Richter foi um dos fundadores do movimento de reforma. Até 1927 foi presidente da União Alemã. Diante de muitas intrigas fundou um outro movimento, mas após a Segunda Guerra Mundial, ele e seus seguidores tornaram-se fiéis membros do genuíno Movimento Adventista surgido com respaldo profético em 1844.

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Em muitos lugares da nossa Divisão, o chamado Movimento da Reforma dos Adventistas do Sétimo Dia, está entrando em nossas igrejas, procurando ganhar adeptos para sua causa. Alguns deles proclamam estar dando o que eles chamam a mensagem do quarto anjo de Apocalipse 18:1, a fim de chamar para fora os crentes fiéis da Igreja Adventista do Sétimo Dia, à qual chamam Babilônia, acrescentando que a irmã E. G. White assim a designava. Fazem muitas falsas acusações semelhantes a essa.

Por vários anos tive uma cópia de certa carta escrita por um dos membros dirigentes do chamado Movimento da Reforma, o qual começou na Alemanha durante a primeira Guerra Mundial. Isto mostra que este movimento, bem como outros semelhantes que surgiram nos Estados Unidos, se dividiu em muitas ramificações discordantes e muitos de seus seguidores chegaram a duvidar se o movimento era de Deus e, portanto, estão prontos a estudar novamente a verdade e voltar ao verdadeiro Movimento Adventista.

Há pouco tempo estive no Chile por mais de dois meses. Ali me alegrei por verificar que muitos daqueles que pertenceram aos reformistas agora estavam desejosos de pertencer a nossa Igreja; tiveram esse privilégio, mediante o rebatismo.

Esperamos que este material seja de ajuda aos nossos leitores.

H . O. Olson.

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CARTA CIRCULAR

Aos prezados irmãos do Movimento da Reforma de Hannover, Alemanha.

A paz de Deus e S. João 17:21 e 22, como saudação.

Com o seguinte artigo, apelo mais uma vez aos prezados irmãos do Movimento da Reforma de Hannover. Muitos, sem dúvida, estão a par do fato de que desde as experiências desagradáveis ocorridas em vossa Associação em Junho de 1929, em Hannover, Alemanha, os irmãos responsáveis pela direção receberam repetidamente pedidos para convocar uma assembleia da Conferência Geral do Movimento da Reforma, na qual todas as questões de contenda e diferenças de opiniões sobre pontos doutrinários pudessem ser discutidos fraternalmente, no espírito de Jesus Cristo, para o benefício mútuo de todos, para que fosse restabelecida a harmonia. Mas a direção da vossa Conferência Geral do Movimento da Reforma tem até o presente momento, sem razão, recusado todos os pedidos para uma discussão fraternal.

Desde a grande crise de 1929 no Movimento da Reforma em Hannover, Buchholz, Alemanha, muitos raios de luz atravessaram a escuridão que envolvia este Movimento da Reforma. A Bíblia — e especialmente muitas citações dos Testemunhos foram usadas falsamente durante os últimos anos, por nossos dirigentes da Conferência Geral do Movimento da Reforma, sendo descoberto que foram grandemente exageradas e falsamente aplicadas contra os Adventistas do Sétimo Dia.

O irmão Berkow, de Filadélfia, E.U . , e o signatário, apelaram agora (respectivamente Dezembro de 1931 e Janeiro de 1932) aos dirigentes da Conferência Geral do Movimento da Reforma em Hannover, para uma consideração fraternal destes assuntos, mas o líder de vossa Conferência Geral do Movimento da Reforma nem sequer passou os nossos pedidos aos irmãos da direção da Conferência Geral do Movimento da Reforma. Ele mesmo recusou concisa e impolidamente, desta vez como já de outras vezes, os nossos apelos para uma discussão fraternal. Reconheço, portanto, ser meu dever informar aos meus prezados irmãos sobre estas coisas. Certamente Cristo não poderá associar-Se a semelhante espírito de intolerância. Nós, os irmãos que protestamos, iremos reunir-nos para uma conferência por ocasião da Páscoa, como o fazíamos em anos passados. Os vinte e um artigos que foram entregues à Conferência Geral do Movimento da Reforma serão estudados então, e claramente respondidos. A explicação destes vinte e um artigos ser-vos-á enviada, após a Sessão da Páscoa.

Nossa Assembleia da Conferência terá lugar por ocasião da Páscoa. Informações mais detalhadas serão anunciadas no «Mensageiro Sabático N9 . II » . Todos os irmãos que estão interessados na unidade da fé dos crentes e desejam uma explicação destes vinte e um artigos, são cordialmente convidados desde já para assistir a essa Assembleia da Associação. Saudamos-vos com I S. Pedro 5:5 e 6.

Vosso irmão no Senhor,
(Ass.) Wilh. Richter.

P. S. — Os vinte e um artigos, com porções da carta escrita à Conferência Geral do Movimento da Reforma, acham-se incluídas.

W. Richter
Steinhagen, Westf.
Amshausen 116.
Steinhagen, 1-12-1931.


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À Conferência Geral do Movimento da Reforma

Isernhagen N . B. 73 b.
Hannover.

Para ser entregue ao presidente, com o pedido de que seja entregue aos membros da comissão executiva, bem como aos delegados da Conferência Geral do Movimento da Reforma.

Prezados irmãos em Cristo: Como saudação, Salmo 133, S. João 17:17 e 22 e S. Mateus 5:21-26.

Visto como várias vezes se aproximaram de mim pessoas perguntando se não seria possível que os pontos doutrinários divergentes fossem estudados amigavelmente, em assembleia pública, para que se restabelecesse a harmonia, apelo para vós, por intermédio do irmão Berkow, em Filadélfia, E. U . , com o sincero desejo de que seja convocada proximamente uma conferência, para o dito estudo. Como é do vosso conhecimento, os irmãos na França e os da Região do Sarre, assim como as várias centenas de irmãos da Alemanha, apelaram em 1929 e 1930 três vezes, nesse sentido.

O irmão O. Welp, como presidente e Líder dos ministros, deu seu consentimento verbal, assim como escrito, aos irmãos da comissão na França, para a dita conferência, mas o irmão Welp não manteve sua palavra.

Em vista desses fatos e também porque Cristo (S. João 17) está desejoso de ver manifesto o amor e unidade fraternal na vida como nas doutrinas de Seus seguidores, muitos irmãos (que em toda parte estão em dificuldades espirituais) não podem compreender porque semelhante conferência, que seria agradável a Deus, não se pode realizar.

Até o presente momento tudo o que tem estado em vosso poder foi feito para impedir semelhante reunião. Deus está esperando pelo cumprimento da oração de S. João 17. Os fiéis devem sentir um sincero desejo de união.

Mais uma vez peço que abrais um caminho ao Espírito de Deus, permitindo uma convocação da Assembleia Geral. Aguardando breve resposta e vossa amável permissão, saúdo-vos com Efésios 4:1-3. Em amor cristão, o irmão no Senhor,

(Ass.) W. Richter.
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Os Vinte e um Artigos (Teses)

Introdução: O abaixo assinado, W. Richter, pede humildemente que estes vinte e um artigos concernentes à fé e crenças que são mantidas entre nós como Reformistas dos Adventistas do Sétimo Dia e que ele preparou, sejam considerados numa maneira fraternal e no espírito de benefício mútuo, numa Assembleia Geral. Não é fato que o Movimento da Reforma (Hannover, Werzburg, Kray-Essen ( Ruhr ) ) , devido às suas mudanças doutrinárias e falsas ideias, se dividiu em mais de vinte ramificações, e ainda continua afirmando ser a única e genuína Reforma que a irmã White viu e que ela profetizou entre o povo do Advento ?

Meu único desejo é que os ensinos de Cristo sejam ensinados em vez das ideias dos homens. Que a união do Espírito e a doutrina segundo S. João 17 seja estabelecida. Deus espera que vós estabeleçais semelhante união. Que os fiéis crentes em Laodicéia cumpram os desejos do Senhor concernentes à união segundo S. João 17.

Não vos coloqueis acima de vossos irmãos, fazendo referências contínuas com respeito à vossa autoridade. Lembrai-vos do que está escrito em I S. Pedro 5:5.

ARTIGO I

Que denominação (ou organização eclesiástica) é compreendida sob o termo Laodicéia? Desde quando existe esta sétima igreja (Laodicéia)? Haverá outra igreja, ou seja, uma oitava, depois da sétima? Estava a irmã White na igreja de Laodicéia? Viu ela pessoalmente a apostasia e viveu durante o tempo da mesma? Ensinou alguma vez que a igreja se tornaria Babilônia e que os Adventistas do Sétimo Dia deveriam sair dela a fim de formar outra Associação Geral?

ARTIGO II

A quem se refere esta misteriosa Babilônia de Apocalipse 14 e 18? Que igreja ou igrejas são designadas ou interpretadas, pelo Espírito Santo, representando Babilônia? É a Babilônia de Apocalipse 18 diferente da mencionada em Apocalipse 14?

ARTIGO III

Poderiam os Adventistas do Sétimo Dia ser a Babilônia de Apocalipse 18? É direito ou justo aplicar Apocalipse 18 aos Adventistas do Sétimo Dia quando compreendemos que a Babilônia de Apocalipse 14 se refere aos protestantes de 1844? Sendo que é ensinado que desde 1914 os Adventistas do Sétimo Dia se tornaram a Babilônia de Apocalipse 18, que acontecimentos extraordinários e que textos bíblicos proféticos especiais poderiam ser citados como evidência de que eles se tornaram a Babilônia de Apocalipse 18? Tem Deus uma mensagem especial a Babilônia? Qual é a mensagem? Tem Ele também uma semelhante a Laodicéia e qual é esta mensagem? São essas mensagens completamente diferentes? É a mensagem de Deus a Laodicéia suficiente para cumprir Seu propósito para com Sua igreja? É a mensagem a Babilônia suficiente para iluminar os filhos de Deus, para que eles atendam ao Seu chamado, e saiam de Babilônia ao tempo certo e no momento oportuno?

ARTIGO IV

É correta a asserção de que desde 1914 os Adventistas do Sétimo Dia constituem o sinal da besta de Apocalipse 13? Isto foi ensinado pelo Movimento da Reforma desde 1919.

ARTIGO V

Teve o Alto Clamor seu início em 1914? Deverá o Alto Clamor chamar os verdadeiros filhos de Deus para fora de Babilônia (as igrejas caídas), ou é um chamado ao povo do advento para sair da organização dos Adventistas do Sétimo Dia, a fim de formar uma nova Associação Geral? Deverá a mensagem dos três anjos tornar-se o Alto Clamor?

ARTIGO VI

Estão os preparativos no mundo, assim como na igreja de Laodicéia, já feitos (ou cumpridos) para o Alto Clamor? Não tem o Espírito de Profecia, bem como a Bíblia, dado suficiente esclarecimento sobre o Alto Clamor? Não nos deu a irmã White suficiente luz sobre o Alto Clamor e a Babilônia? Irmãos dirigentes do Movimento da Reforma alegam que a irmã White não teve suficiente luz sobre Babilônia. Esta asserção coloca ideias humanas acima da luz recebida de Deus.

ARTIGO VII

É o «Alto Clamor» um sinônimo das expressões « A Última Mensagem de Advertência», « À Chuva Serôdia» e «Tempo de Refrigério» ?

ARTIGO VIII

Já foi dado o Alto Clamor da terceira mensagem angélica? Que poderoso movimento é representado pelo anjo de Apocalipse 18? Que proclamará esse movimento? Quem são os mensageiros desse poderoso movimento que dará esta mensagem evidente? Tem este anjo (isto é, esse poderoso movimento) sido visto até o presente momento? É justificável que o Movimento da Reforma de Hannover se identifique com o Anjo de Apocalipse 18 e que diga ser esse movimento?

Esse anjo (movimento) deve circundar todo o mundo: poderia então ser possível que este anjo ou poderoso movimento do povo de Deus para todas as nações não fosse visto ao dar esta mensagem a todo o mundo? É isto que o Movimento da Reforma ensina: vede em Sabbath Watchman. Em Early Writings, pág. 25 da edição alemã, a irmã White faz a afirmação: «E todos os remidos viram olho a olho que nós temos a verdade e conosco saíam e entravam, no tempo da tribulação. »

A luz do Anjo de Apocalipse 18:1 será vista em realidade, quando vier. Como o chamado Alto Clamor do Movimento da Reforma de Hannover é falso, segundo o testemunho da irmã White, o Movimento da Reforma ensina que este anjo ou movimento não poderá ser visto mas deve existir. Um ensino desta natureza não é lógico, mas contraditório. Assim, através desse falso testemunho (Isaías 8:28) reconhece-se que o Movimento da Reforma de Hannover não é o movimento que Deus simboliza pelo anjo de Apocalipse 18:1.

ARTIGO IX

Como e de que maneira profetizou a irmã White sobre a reforma entre os Adventistas do Sétimo Dia? Cumpre qualquer Movimento da Reforma a descrição dada por ela? Quais são as razões fundamentais para as muitas ramificações surgidas entre o Movimento da Reforma dos Adventistas do Sétimo Dia, desde 1914? Como se podem comparar as experiências dos filhos de Israel com as condições da igreja da Laodicéia hodierna? Com que condições da Idade Média?

ARTIGO X

Por que razão o Movimento da Reforma não ensina a mesma doutrina em todos os tempos? Ela altera seus ensinos muitas vezes; como é isso possível?

ARTIGO XI

Quais são as causas fundamentais para que o Movimento da Reforma de Hannover se dividisse em mais de vinte movimentos separados, durante os últimos poucos anos? É dito da verdadeira reforma que quando esta reforma se inicia, « o Espírito de Deus tomará posse de cada crente e será banido da igreja todo espírito de contenda, etc.» Quais são as causas das infinitas divisões que continuamente se efetuam entre os Movimentos da Reforma de Hannover? Este não foi o caso na mensagem do Terceiro Anjo. Quando esta mensagem teve seu início, em 1844, os filhos espalhados do Senhor se uniram. É justamente o contrário de divisão e agora vem o quarto anjo para assistir ao terceiro em unir e ajuntar, e não espalhar os filhos de Deus. Portanto, como pode o Movimento da Reforma de Hannover substanciar sua pretensão de ser o quarto anjo (ou a mensagem do quarto anjo), se desde o princípio de sua existência se seguiu divisão após divisão?

ARTIGO XII

Torna-se necessário reconsiderar a questão militar. É do conhecimento dos ministros e dos membros da Comissão Executiva do Movimento da Reforma de Hannover que os líderes do Movimento de Reforma da Rumânia assumiram a mesma posição dos líderes da grande entidade dos Adventistas do Sétimo Dia. . . . Desculpavam-se com as palavras: «Bem, essa posição foi tomada por um irmão que era o líder naquele tempo, mas agora está morto.» Essa desculpa é igualmente usada pela grande entidade dos Adventistas do Sétimo Dia. Quando dois indivíduos fazem a mesma coisa, trata-se do mesmo pecado, e não têm motivo para se acusarem mutuamente.

ARTIGO XIII

Toda a organização da Associação Geral do Movimento de Hannover não harmoniza com a Bíblia e o Espírito de Profecia. No protesto de 1929 expliquei este ponto mais detalhadamente.

ARTIGO XIV

Todos os artigos da constituição (tanto os artigos públicos como os secretos), necessitam ser cuidadosamente revisados e reconsiderados. É fato que muitos desses estatutos se contradizem.

As condições sob as quais a Associação Geral do Movimento de Reforma registrou suas constituições de 1928 e 1929, no Registro Civil de Burgwedel, necessitam ser cuidadosamente investigadas.

Porque um artigo da constituição contradiz outro? Por que uma constituição com tantos artigos, quando a Bíblia e o Espírito de Profecia prescrevem definidamente os planos da organização dos Adventistas do Sétimo Dia? Os artigos da constituição (do Movimento da Reforma) serviram unicamente como um pomo de discórdia e como causa de divisão até o presente momento.

ARTIGO XV

É possível que existam duas Associações Gerais na Igreja de Laodicéia? Com qual organização está o Senhor? Que é de mais valor: a organização, ou um cristianismo prático e humilde?

Em 1920 e 1921 teve o Movimento da Reforma direito de organizar-se numa Associação Geral? Não foi um grave erro humano? Até o tempo presente nenhuma Assembleia Geral da Grande Entidade dos Adventistas do Sétimo Dia e das novas organizações foram convidadas para uma consideração fraternal de suas diferenças. Duas Associações Gerais não podem ser reconhecidas em Laodicéia. Ainda que os irmãos O. Wealth e H. Spanknobel assistiram à Associação Geral da velha organização em S. Francisco em 1922, isto não muda o fato de que questões de dificuldades devem ser primeiro consideradas em assembleias gerais, do mesmo modo como no tempo dos apóstolos (Atos 15).

Os irmãos Wealth e Spanknobel não foram reconhecidos pela Grande Entidade dos Adventistas do Sétimo Dia em sua Associação Geral em S. Francisco. Isto foi porque se haviam organizado em uma Associação Geral nova, em 1920 e 1921. Desse modo, o Movimento da Reforma não esperou a direção do Espírito de Deus para prover-lhes a decisão correto. Essa nova organização, decididamente constituiu um erro. Não pudemos esperar até que a Assembleia Geral decidisse nosso caso, isto é, nosso caso não foi reconhecido. Este é um erro triste e irreparável. Os irmãos dirigentes da grande Entidade dos Adventistas do Sétimo Dia disseram a esses irmãos (O. Wealth e H . Spanknoebl): «Se vós nos chamais Babilônia, por que ainda quereis discutir o vosso caso e vossa mensagem conosco, sendo que nada pode ser considerado como Babilônia? Todos os filhos de Deus devem sair dela». Essas conclusões lógicas não podem ser respondidas, nem mesmo pelo mais astuto raciocinador.

Uma consideração cuidadosa da Assembleia realizada em Friedensau em 1930, deve ser feita também, pois o principal dirigente, irmão Doerschler (agora na Holanda) iniciou um novo movimento e não considerou cuidadosamente, no Espírito do Senhor, a séria situação.

ARTIGO XVI

É correto que o Movimento da Reforma chame Babilônia a uma grande Entidade dos Adventistas do Sétimo Dia, chamando a cada pessoa para sair da velha organização? É correto ensinarem que todo indivíduo que não é membro do Movimento da Reforma de Hannover se perderá? Que texto bíblico podem indicar para substanciar tal pretensão?

Tem o ministro do evangelho as chaves para ligar e desligar, conforme foi ensinado pelo irmão A. Mueller, presidente da União de Beisein, na Associação Geral do Movimento da Reforma realizada em Dresden em 1929? Ele citou S. Mateus 16, versos 18 e 19.

ARTIGO XVII

A questão do manejo de todo o dinheiro pertencente aos irmãos do Movimento da Reforma, necessita ser seriamente considerada, especialmente para estabelecer até onde os empréstimos feitos pelos irmãos à organização do Movimento da Reforma, são assegurados.

Além disso, o fundo de pensão ou aposentadoria necessita uma consideração cuidadosa, sendo que graves erros foram cometidos no manejo desses fundos.

Dos ministros foi regularmente cobrada, cada mês, uma contribuição para esse fundo, e ainda tinham que assinar um documento preparado pelo irmão Maas, renunciando a todo direito ao dito fundo. Este fundo de pensão ou aposentadoria está inteiramente sob o controle de um ministro. Um relatório financeiro público desses fundos não foi dado até agora. Deve ser considerado quais são os propósitos fundamentais desse fundo. Irmãos foram eliminados do ministério e então demandaram a devolução de suas contribuições a esse fundo, mas seus pedidos foram negados.

ARTIGO XVIII

É necessária uma revisão em todas as finanças da Tesouraria do Movimento da Reforma. Não é do conhecimento geral que todas as finanças estão em mãos de dois ou três ministros que secretamente adquiriram o controle legal dos fundos da tesouraria, sem o conhecimento e consentimento da denominação.

Lede o artigo III do protesto de 1929. Até a data, não foi publicado nenhum relatório por um revisor autorizado. A única declaração feita é: «Nós somos capazes para enfrentar todos os pedidos e obrigações financeiras chegadas à Associação Geral no ano passado. (Advent Worker N* III , Pág. 3.)

O livro «Revival and Reformation», que sofreu uma nova edição, necessita ser investigado. Nesse livro muitas citações dos Testemunhos da Irmã White foram transcritas falsamente e aplicadas de tal maneira que dão à falsidade aparência de verdade.

ARTIGO XIX

É necessária a reconsideração de muitos ensinos do Movimento da Reforma. Por exemplo: as Dez Virgens, o Juízo Investigativo, a Igreja Remanescente, etc.

ARTIGO XX

« O protesto» necessita cuidadosa consideração pelo fato de que o mesmo não foi considerado pelo Movimento da Reforma de Hannover em 1929, ficando suas perguntas sem resposta. Teríamos chegado mais perto de uma união se esse protesto não tivesse sido desprezado em 1929.

ARTIGO XXI

A expulsão dos quatro irmãos depois da Reunião da Associação Geral, de 1929, deve ser reconsiderada, porque a maneira pela qual esses irmãos foram expulsos e despedidos é inteiramente contrária à Bíblia. Os irmãos foram expulsos após a Reunião da Associação e sem o conhecimento da Igreja. A expulsão teve lugar sem a mínima consideração dos princípios bíblicos. A expulsão foi inteiramente levada a efeito por ministros assalariados e não pela Igreja como um corpo. Isto é contrário à Bíblia e aos ensinos dos Testemunhos.

(ass.) W. Richter.

Nota da Red. — A pedido de um leitor da Revista Adventista, aqui transcrevemos de O Estimulador para Ministros Evangélicos, de Nov. - Dez. 1945, o artigo supra. Sentimos dispensar tanto de nosso precioso espaço a uma causa cujo espírito e frutos bem demonstram não provir de Deus.

Recomendamos a leitura dos artigos aparecidos sob o título "Os Reformistas", na Revista Adventista de Agosto, Setembro e Outubro de 1950, assim como do folheto: "Reformadores, ou Demolidores?" Cremos que não será preciso mais que isso para convencer os sinceros e fazer silenciar as murmurações desses acusadores dos irmãos.


Fonte: Revista Adventista de maio de 1951

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