Tornou-se Babilônia a Igreja Adventista do Sétimo Dia?


"O capitão de nossa salvação conduz Seu povo, passo a passo, purificando-o e preparando-o para a trasladação, e deixando atrás os que estão inclinados a afastar-se do corpo, que não desejam ser dirigidos e estão satisfeitos com sua própria justiça. 'Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas!' Nenhum engano maior pode seduzir a mente humana do que aquele que leva os homens a condescender com um espírito de confiança própria, para
crerem que estão bem e andam na luz, quando se afastam do povo de Deus, e sua acariciada luz são trevas." — Test., Vol. I , pág. 333.

Antes e depois de serem escritas estas palavras, em 1861, muitos e variados movimentos se suscitaram, resultando no afastamento, da Igreja Adventista do Sétimo Dia, de grupos ou pessoas que, por alguma razão, ficaram descontentes com as doutrinas ou as práticas da igreja.

Sem exceção esses movimentos têm sido débeis e, na maioria dos casos, de existência efêmera. O corpo organizado, entretanto, tem continuado a crescer em força. Essa disparidade de número e poder, alegam os que se afastam do corpo organizado, está em harmonia com o programa divino, crendo cada um dos grupos dissidentes ser o "pequeno rebanho" que entrará no reino de Deus. O ensino dos dirigentes dessas ramificações — "movimentos de reforma", como por vezes se denominam — é do seguinte modo exposto pela Sra. E. G. White num artigo escrito em 1863, intitulado "A Questão do Oriente", e publicado em Testimonies, Vol. I , págs. 417, 418:

"Surgem constantemente pequeninos grupos, crendo que Deus está tão somente com os muito poucos em número, os muito esparsos, e sua influência é demolir e espalhar aquilo que os servos de Deus constroem. Surgem constantemente espíritos irrequietos que querem continuamente ver e crer alguma novidade, alguns aqui outros ali, fazendo todos um trabalho especial em favor do inimigo, ao mesmo tempo que pretendem possuir a verdade. Colocam-se separados do povo que Deus dirige e faz prosperar, e por intermédio do qual Ele fará Sua grande obra. Estão constantemente expressando seus temores de que o corpo de observadores do sábado se está tornando semelhante ao mundo; mas dificilmente existirão dois deles cujas opiniões estejam em harmonia.
Acham-se esparsos e confusos, e no entanto se enganam ao ponto de julgarem que Deus está especialmente com eles."

Em contraste com os caprichos dessas almas iludidas, acha-se exposto, no mesmo lugar, o propósito de Deus em relação a um povo forte e unido, por meio do qual Ele finalizará Sua obra na terra:

"Deus está reunindo um povo e preparando-o para permanecer unido como uma só pessoa, falando as mesmas coisas, cumprindo assim a oração de Cristo por Seus discípulos: 'Não rogo somente por estes, mas também por aqueles que por sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um, como Tu, ó Pai, o és em Mim, e Eu em Ti; que também eles sejam um em nós, para que o mundo creia que Tu me enviaste'. — Id., pág. 417. Os dirigentes de alguns dos primeiros movimentos de separação dos Adventistas do Sétimo Dia rejeitaram e acusaram os escritos do Espírito de profecia. Isto era lógico, pois não se achavam esses homens em harmonia com os seus ensinamentos.

A maioria desses movimentos, entretanto, em tempos mais recentes, têm pretendido estar em harmonia com os Testemunhos. Seus oradores e escritores têm citado livremente certas porções que podiam usar para condenar seus antigos irmãos e para se sustentarem, em quaisquer diferenças que possam ter com a igreja.

O folheto "Alto Clamor"
Um desses movimentos surgiu em 1893. Distribuiu-se largamente entre os Adventistas do Sétimo Dia um folheto intitulado "O Alto Clamor", folheto cujos autores assumiam a atitude de que a igreja por tal forma apostatara que se tornara Babilônia, e que todos os fiéis filhos de Deus deviam tomar a peito o convite para dela saírem. Afirmavam que, dos que assim saíam de "Babilônia", seria constituída a "igreja remanescente". Como evidência da alegada corrupção da igreja, compilaram as mais fortes repreensões encontradas nos Testemunhos a indivíduos e à igreja em geral, isolando-as de quaisquer palavras de esperança e animação, e entremeando-as de comentários do autor do folheto.

Desse movimento escreveu a Sra. White de Wellington, Nova Zelândia, em data de 12 de junho de 1893:

"Os que publicaram o folheto ‘Alto Clamor', não me consultaram sobre o assunto. Citaram amplamente de meus escritos, dando-lhes sua própria construção. Pretendem ter uma mensagem especial de Deus, a fim de declarar ser Babilônia a Igreja Adventista do Sétimo Dia, proclamar' a sua queda e convidar o povo de Deus a sair dela, e procuram fazer os testemunhos confirmarem sua teoria...

"Como podiam eles... proclamar que o alto clamor era a acusação de se haver o povo observador dos mandamentos tornado Babilônia? Satanás disse a mesma coisa a Cristo quando Josué estava perante o anjo. Satanás dizia que seus pecados eram tão grandes
que não lhe deveria ser vedado destruí-lo. As palavras de Cristo são aplicáveis a esses irmãos, e a todos os que avançam sentimentos semelhantes:

'"Que Jeová te repreenda, ó, Satanás; sim, repreenda-te Jeová que escolheu a Jerusalém: acaso não é este um tição tirado do fogo? '" — MS 21, 1893.

Numa série de artigos intitulada "A Igreja Remanescente não é Babilônia", a Sra. White protesta categoricamente contra o uso de seus escritos. Esses artigos foram publicados na revista Review and Herald em agosto e setembro de 1893. Acham-se incluídos nos Testimonies to Ministers and Gospel Workers, e podem ser consultados nas páginas 32-62. Alguns trechos merecem ser aqui considerados.

Logo no primeiro parágrafo são acentuados os objetivos inteiramente opostos da autora dos Testemunhos e os advogados da teoria de ter-se tornado a igreja Babilônia:

"Os que têm proclamado ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia, têm-se servido dos Testemunhos para dar a sua atitude um aparente apoio; mas por que é que não apresentaram o que durante anos tem sido a preocupação de minha mensagem: a unidade da igreja? Por que não citaram as palavras do anjo: 'Uni-vos! Uni-vos! Uni-vos!'? Por que não repetiram a advertência nem declararam o princípio de que 'na união há força, na divisão há fraqueza'?

"São mensagens como as desses homens, que dividem a igreja e nos envergonham perante os inimigos da verdade, e em semelhantes mensagens revela-se claramente a especiosa operação do grande enganador, que quer impedir a igreja de alcançar a perfeição na unidade." — Testimonies to Ministers, pág. 56 (A Igreja Remanescente não é Babilônia, em português, pág. 9).

O parágrafo a seguir mostra claramente que a Igreja Adventista do Sétimo Dia, unicamente, está proclamando a mensagem final exposta na profecia, e expressa espanto de que qualquer dentre eles se unisse ao "acusador dos irmãos":

"No mundo só existe uma igreja que presentemente se acha na brecha, tapando o muro e restaurando os lugares assolados; e todo homem que chamar a atenção do mundo e de outras igrejas para esta igreja, denunciando-a como Babilônia, está trabalhando de acordo com aquele que é o acusador dos irmãos. Será possível que dentre nós se levantem homens que falem coisas perversas, propagando os mesmos sentimentos que Satanás deseja ver disseminados no mundo, com referência aos que guardam os mandamentos de Deus, e têm a fé de Jesus?" — Id., págs. 50, 51 (Id., pág. 7).

A Sra. White, clara e categoricamente, protesta contra o uso dos seus Testemunhos em qualquer tentativa de identificar com Babilônia a Igreja Adventista do Sétimo Dia. Declarou que unicamente colocando os seus Testemunhos numa moldura de erro é que se lhe podia dar semelhante sentido.

"Pretender que a Igreja Adventista do Sétimo Dia seja Babilônia, é fazer a mesma declaração que faz Satanás, que é um acusador dos irmãos, acusando-os dia e noite
perante Deus. Por esse mau emprego dos Testemunhos, almas são levadas à perplexidade, porque não podem compreender a relação dos Testemunhos para com a atitude assumida pelos que se acham no erro; pois Deus deseja que os Testemunhos
estejam sempre emoldurados na verdade." — ld., págs. 42, 43 Págs. 3-4)

Falsos Ensinos que Ressurgem
Com tão claras e positivas asserções da pena da Sra. White, dir-se-ia que a questão estivesse definitivamente liquidada e que ninguém pretenderia que os escritos da irmã White ensinassem o que ela expressamente negou ensinarem eles. Entretanto, com notável previsão, indicou ela que movimentos semelhantes, de oposição à igreja, surgiriam no futuro, e deu instruções claras quanto à maneira em que deveriam ser acolhidos. Disse:

"Semelhantes mensagens hão de apresentar-se, e delas será declarado serem enviadas de Deus, mas tal declaração será falsa; pois não estão cheias de luz, mas de trevas.
Surgirão mensagens de acusação contra o povo de Deus, imitando a obra feita por Satanás em acusar o povo de Deus, e essas mensagens serão proclamadas na mesma ocasião em que Deus diz a Seu povo: 'Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti. Porque eis que as trevas cobriram a terra, e a escuridão os povos; mas sobre t i o Senhor virá surgindo, e a Sua glória se verá sobre ti.'" — Test. to Ministers, págs. 41, 42 (A Igreja Remanescente não é Babilônia, em português, pág. 3).

"Tal declaração será falsa", declara o Espírito de Jesus através de Sua serva, ao predizer "mensagens de acusação" contra o povo de Deus, numa tentativa de reavivar o ensinamento de ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia Babilônia.

Em harmonia com a predição de que viriam tais mensagens, encontramos hoje pessoas que declaram ser a Igreja Adventista do Sétimo Dia, Babilônia. Mas, essas pessoas procuram sustentar sua posição, citando livremente trechos de mensagens de advertência e conselho, praticando abusos que, naquele tempo, levaram a serva do Senhor a escrever os artigos dos quais transcrevemos os trechos citados. Ainda hoje está sendo ensinado e publicado insistentemente que a Igreja Adventista do Sétimo
Dia se tornou Babilônia.

Um dos líderes desses movimentos de "reforma" faz à igreja a acusação de estar hoje "fora da esperança de purificação". Esses reformistas gratuitos chegam a declinar o ano em que, dizem eles, Deus rejeitou a igreja.

Para chegar à conclusão de ser a Igreja Babilônia, torcem os reformistas a seguinte passagem dos Testemunhos, Vol. VIII, pág. 250, separando-a do contexto: "Quem pode na verdade dizer: 'Nosso ouro é provado no fogo; nossas vestes não estão manchadas pelo mundo'? Vi nosso Instrutor apontar para as vestes da chamada justiça. Tirando-as, expôs ele a corrupção que havia. Disse-me então: 'Não vê como cobriram pretenciosamente o depravamento e corrupção de seu caráter?' 'Como se fez prostituta a cidade fiel!' 'Da casa de meu Pai faz-se casa de venda, lugar de onde partiram a presença' e glória divinas. Por isso há fraqueza.'"

Como uma pirâmide invertida, a mensagem de acusação que declara ser a igreja Babilônia, repousa sobre essa única passagem. A importância dessa passagem, assim
como a data de sua publicação, são constantemente acentuadas nas publicações da propaganda reformista.

É verdade que as Escrituras chamam "prostituta" a Babilônia. Mas na passagem citada (Isaías 1:21), não há referência a Babilônia. Ao contrário, as palavras foram dirigidas
ao povo que se afastara de Deus, e em íntima ligação com aquela admirável declaração de que "ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve". Observemos as marcas do inimigo de nossa alma em qualquer esforço por desligar hoje essas palavras daquelas outras que prometem o perdão.

Um ligeiro exame do contexto do parágrafo em que estão é bastante para mostrar claramente que estava bem longe da intenção da autora dos Testemunhos, que falava através do Espírito de profecia, pronunciar uma final e irrevogável 'condenação sobre a organização. Note-se que o parágrafo precedente está inseparàvelmente ligado à primeira sentença, e apresenta a chave ao antecedente do pronome "quem". Duas classes de pessoas são aí apresentadas na igreja, e há também segurança de purificação.

"Deus não mudou em relação a Seus fiéis servos que conservam sem mácula as suas vestes. Muitos, porém, clamam 'paz e segurança', enquanto lhes está a sobrevir repentina destruição. A menos que haja arrependimento completo, a menos que os homens humilhem o coração pela confissão e recebam a verdade tal como é em Jesus, jamais entrarão no céu. Quando se efetuar a purificação em nossas fileiras, não ficaremos por mais tempo em tranquilidade, orgulhando-nos de sermos ricos e estarmos enriquecidos e de nada termos falta."—Testemunhos, Vol. VIII, pág. 250.

Purificação onde?—"Em nossas fileiras", não fora. Ficará a igreja para sempre nas condições apresentadas pela primeira parte da mensagem laodiceana? Não; "não ficaremos por mais tempo em tranquilidade, orgulhando-nos de sermos ricos e estarmos enriquecidos e de nada termos falta". Graças a Deus, há esperança para essa situação "em nossas fileiras".

Na verdade, não é essa uma declaração de desesperançada condenação para a igreja. Demais, apenas escritas as solenes palavras acerca da partida da "presença e glória divinas", apressa-se a serva de Deus a apresentar esperança, não desespero. Sob o título "chamado à Reforma", é-nos apresentada a seguinte mensagem:

"Quando ela resistir ao mal e escolher o bem, quando buscar a Deus com toda a humildade e alcançar sua alta vocação em Cristo, colocando-se na plataforma da verdade eterna, e pela fé se apoderar das providências que em seu favor foram tomadas, ela será curada. Aparecerá, na simplicidade e pureza que Deus lhe conferiu, separada de embaraços terrenos, demonstrando que a verdade de fato a livrou. Então os seus membros serão na verdade os escolhidos de Deus, representantes Seus." — Id., págs. 250, 251.

Nessa gloriosa consumação podemos participar todos nós, fazendo nossa parte na reforma.

O Verdadeiro Antecedente
O apóstolo Paulo fala de pessoas que haveriam de torcer as Escrituras, para sua própria perdição. Que diremos da interpretação de um único parágrafo de tal maneira que o faça contradizer diretamente asserções que têm relação imediata com ele, antes e depois, e isso especialmente quando, para isso, se torna necessário fazer interpolações que não ocorreriam ao leitor cuidadoso?

O período em questão, como vimos, apresenta duas classes de pessoas na igreja. Quão apropriado, pois, dirigir a pergunta individualmente: "Quem pode na verdade dizer: 'Nosso ouro é provado no fogo; nossas vestes não estão manchadas pelo mundo?’"

Será correto entender que nessa transcrição dos Testemunhos o pronome "nosso" se refira à Igreja Adventista como um corpo? Evidentemente não. Entretanto, é essa a explicação dada por aqueles reformistas, que chegaram a interpolar, depois desse pronome: "[significando a Igreja Adventista do Sétimo Dia]". Essa interpolação é arbitrária e ilógica, ao mesmo tempo que a terrível interpretação dada ao parágrafo é incoerente com o chamado à purificação e reforma oferecidas como precioso privilégio à igreja relapsa mas amada de Deus.

Volvendo para a Luz
Se, depois de termos examinado nosso próprio coração, olharmos em torno e virmos que muitos parecem estar dormindo em segurança carnal, e nossa alma for levada a bradar por causa das abominações que vemos em Jerusalém, seja então nossa atitude, não a de condenar e acusar, mas a que assumiu a serva do Senhor, que assim descreve sua experiência:

"Ocasiões há em que me é apresentada uma distinta vista da condição da igreja remanescente — condição de espantosa indiferença para com as necessidades de um mundo que perece por falta de conhecimento da verdade para este tempo. Então tenho horas, e por vezes dias, de intensa angústia.”

"Muitos aos quais foram confiadas as salvadoras verdades da terceira mensagem angélica não reconhecem que a salvação de almas depende da consagração e atividade da igreja de Deus. Muitos estão empregando suas bênçãos no serviço de si mesmos. Oh, quanto o coração me dói porque Cristo é exposto ao opróbrio por seu procedimento não cristão! Mas, passada a agonia, tenho a impressão de dever trabalhar mais arduamente do que nunca para estimulá-los a envidar abnegado esforço na salvação de seus semelhantes."—Test. Seletos, Vol. V, pág. 117.

Se a mensagem à qual nos vimos referindo, e que foi dada a 21 de abril de I903, se aplicasse à igreja como um corpo, é claro que a própria Sra. White teria quanto antes abandonado a organização, a fim de estar em harmonia com sua mensagem, e seus escritos, daí por diante, teriam confirmado a sentença de condenação contra seus antigos coobreiros. O fato de nada disso haver ocorrido, constitui, para os espíritos sinceros, evidência bastante de que este movimento moderno, baseado naquela falsa interpretação de um único parágrafo, é inteiramente inoportuno.

A todos os que estudam os Testemunhos, Vols. VIII e XI, que foram quase totalmente escritos depois de 1903, nada pode ser mais claro do que o fato" de que o Senhor Se lembra ainda misericordiosamente de Sua igreja, dando-lhe mensagens de conselho, advertência e repreensão, assim como de encorajamento e promessa. Foi em novembro de 1903, sete meses depois de escrito o parágrafo em questão, que foi dada à igreja aquela admirável mensagem "Uma Perspectiva do Conflito", na qual são prometidas "ondas de poder espiritual", que serão derramadas sobre os que estiverem preparados. E a igreja em sua totalidade é reconhecida no apelo final. (Ver Test., Vol. VIII , págs. 41-47.)

"Deus apela a cada membro da igreja, para que entre em Seu serviço... Cada acréscimo à igreja deve ser um agente a mais, para a execução do grande plano da redenção. A igreja inteira, agindo como um só homem, em perfeita união, deve ser vivo e ativo agente missionário, movido e dirigido pelo Espírito Santo."—ld., pág. 47.

Assim, mesmo até ao fim da vida, a preocupação da Sra. White em relação à igreja não era "separação", mas união. Os últimos anos de sua vida foram abundantes em conselhos e animação, no sentido de construir e ampliar a obra.

Em vez de demorar-nos no mau procedimento de nossos irmãos, procuremos, antes, luz e bênçãos por intermédio da fé no poder de Deus para cumprir Seu propósito em favor de Seu povo.

Como prova culminante de que a serva do Senhor, até ao fim da vida, considerava a Igreja Adventista do Sétimo Dia, da qual permaneceu membro até ao fim, como o escolhido instrumento de Deus para transmitir luz e bênçãos ao mundo, basta-nos referir-nos a sua mensagem de saudação, dirigida à Associação Geral em 1913, por ocasião da última assembleia realizada em sua vida. "Ânimo no Senhor" é o título.

"Tenho palavras de animação para vós, meus irmãos. Devemos prosseguir avante com fé e esperança, esperando grandes coisas de Deus. O inimigo procurará, de todos os modos, estorvar os esforços que se fazem para avançar a verdade, mas na força do Senhor podereis alcançar sucesso. Não se pronunciem palavras de desânimo, mas unicamente palavras que tendam a fortalecer e suster os coobreiros...

"Oro fervorosamente para que a obra que fazemos neste tempo cale profundamente no coração, espírito e alma. Aumentarão as perplexidades; mas, como crentes em Deus, animemo-nos mutuamente. Não baixemos o estandarte, mas ergamo-lo alto, olhando Àquele que é o autor e consumador de nossa fé. Quando, durante a noite, não posso conciliar o sono, elevo o coração numa prece a Deus, e Ele me fortalece, e dá a certeza de que está com Seus servos no ministério, tanto aqui como nas terras distantes. Sinto-me reanimada e feliz, ao imaginar que o Deus de Israel continua a guiar Seu povo, e que continuará a estar com eles, até ao fim...”.

"Devemos manter, como muito sagrada, a fé que foi consubstanciada pelas instruções e aprovação do Espírito de Deus, desde nossa primitiva experiência até ao tempo presente. Devemos estimar como muito preciosa a obra que o Senhor tem levado avante por meio de Seu povo observador dos mandamentos, e o qual, pelo poder de Sua graça, se tornará mais forte e mais eficiente à medida que o tempo passe. O inimigo procura anuviar o discernimento do povo de Deus e enfraquecer-lhe a eficiência; mas se trabalharem conforme o Espírito de Deus dirigir, Ele lhes abrirá portas de oportunidade para a obra de edificar os lugares antigamente assolados. Sua experiência será de constante crescimento, até que o Senhor desça dos céus com poder e grande glória, para colocar em Seus fiéis o Seu selo de triunfo final." — G. C. Bulletin, 28/9/1913.

Por D. E. Robinson
Fonte: revista Adventista de janeiro/fevereiro/março de 1945

4 comentários:

  1. Que o bom DEUS Pai de JESUS CRISTO nosso SENHOR continue conduzindo em TRIUNFO seus fieis adventistas, entre eles eu.

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  2. Deus tenha misericórdia de você Irmãzinha insatsfeita..

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  3. Vao estudar melhor para nao comentarem bobagens.

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  4. Porque voces IASD-MR nao tem os direitos autorais do espirito de profecia? E oorque a irma whitte nao se batizou em sua organizaçao?

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