Jesus, depois de fazer somente o bem, curva-Se sob indizível angústia no Getsêmani. Decide salvar-nos custe o que custar. Logo é traído por Judas Iscariotes e abandonado pelos demais seguidores. Acorrentam-nO e O levam ao tribunal para ser castigado e condenado à morte de cruz.
Coroado de espinhos, abatido e ensangüentado pelas pancadas e açoites; com a pesada cruz sobre os ombros, segue cambaleante rumo ao Calvário. Uma infernal multidão O acompanha com gritos e zombarias. Grossas gotas de suor misturado com sangue assinalam o áspero caminho que, ao rigor desumano de rudes malfeitores, O conduz ao Gógota. Cai sob a pesada cruz. Ninguém se atreve a Lhe enxugar o rosto ou limpar-Lhe as feridas. Levanta-Se quase sem alento e, sem abrir a boca, chega ao lugar chamado Calvário (Lucas 23:23). O Salvador é estendido brutalmente sobre a cruz. A multidão O cerca. A golpes de férreo martelo, grandes pregos dilaceram Suas mãos e pés. O sangue flui abundante ao ritmo do agitado coração. O Redentor Se contorce em dor. Ao levantar os olhos ao Céu, cheio de angústia, deixa escapar esta prece: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem." Lucas 23:34.
A cruz com o corpo é levantada e brutalmente atirada à cova de sustentação. Com o peso os pregos rasgam a tenra carne do Filho de Deus. A dor é terrível. A multidão intensifica seus escárnios contra o Salvador crucificado.
Dois ladrões são também dependurados, um de cada lado do Inocente do Calvário. Um deles, na sua derradeira agonia, dirigindo-se a Jesus, implora-Lhe: "Senhor, lembra-Te de mim quando entrares no Teu reino." Lucas 23:42. Jesus responde-lhe com presteza: "Na verdade te digo hoje que estarás comigo no Paraíso." Lucas 23:43.
Maria, a mãe do Salvador, não suporta o pensamento de estar longe do seu Filho amado e, conduzida pelo discípulo João, aproxima-se do Redentor crucificado. Ele, olhando-a com o rosto abatido pela dor diz: "Mulher, eis aí o teu filho." E a João diz: "Eis aí a tua mãe". João 19:26,27.
Estava morrendo o Senhor da glória, pagando o nosso resgate.
Não é o temor da morte nem a dor e ignomínia da cruz que Lhe causam a mais terrível angústia, mas, sim, o senso de malignidade do nosso pecado. Os pecados de todo o mundo pesam sobre Ele. Nossa ingratidão e o Seu cruento sacrifício enchem-Lhe a alma de consternação e O levam à terrível agonia. O sangue das feridas causadas pelos espinhos, açoites e pancadas escorre e coagula-se ao pé da cruz.
Aos gritos da turba assassina, segue a suplicante e meiga voz do Inocente, dizendo: "Deus meu, Deus meu, por que Me desamparaste?" Marcos 15:34.
O inocente Filho de Deus pende da cruz. O rosto ferido, as mãos laceradas, o corpo sulcado pelos açoites e a tremenda angústia Lhe encurtam a vida. Tudo isto foi por ti e por mim. "Ele foi ferido pelas nossas transgressões, em moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele." Isaías 53:5.
"Cristo foi tratado como nós merecíamos, para que pudéssemos receber o tratamento a que Ele tinha direito. Foi condenado pelos nossos pecados, nos quais não tinha participação, para que fôssemos justificados por Sua justiça, na qual não tínhamos parte. Sofreu a morte que nos cabia, para que recebêssemos a vida que a Ele pertencia. 'Pelas suas pisaduras fomos sarados'." - O Desejado de Todas as Nações, página 25.
Assim Ele fez para que tenhamos vida em abundância. Valorizemos, pois, tão grande amor.
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